segunda-feira, 17 de novembro de 2014

CABEDELO

 Mães do Bairro de Jacaré revoltam-se por falta de médicos e medicamentos no PSF
“Foi de fato uma cena de muita dor vê mães trazendo seus filhos no braço e na maioria das vezes com um a segurar sua mão e outro a segurar sua saia, já que, a sua outra mão tem que segurar a sobrinha para proteger seu filho doente, e como não podem deixar os outros filhos sozinhos em casa, pois não tem que cuide, ainda tem que traze-los pelo longo caminho no sol e na poeira”. Explicou a Equipe Digital do CV, a presidente da Associação das Diaristas e Secretárias do Lar da Região Metropolitana de João Pessoa, Luana Justino, que também se encontrava com seu filho para ser atendido pelo PSF, o que não aconteceu tendo sido remarcada a consulta pela segunda vez da sexta para a esta segunda feira.
Já para a dona de casa, D. Ricleide Jacinto, mãe de três filhos, dois especiais, e que justamente estava muito nervosa, pois, já era a terceira vez que procura o atendimento médico para seu filho e não encontrava desabafou: “È só sofrimento, você sai de casa angustiada com a doença do seu filho, com os problemas de casa, que para o pobre são muitos, faz uma via cruzes desta, no sol escaldante e na poeira continua que impregna todos, e ao chegar no tão angustiosamente esperado Posto Médico pela terceira vez, não encontrar se quer um médico?”. E com o rosto muito vermelho com a voz embargada pela emoção concluiu: “É muito triste, muito revoltante, e como se o povo fosse índios sem direitos, só com deveres é preciso mudar”.
Outra mãe que pediu a Equipe Digital para não revelar seu nome por temer retaliação por parte do poder, já que seu marido presta serviços a prefeitura, também se manifestou:  “Já não se trata, apenas de ouvir falar, ou até mesmo de vê, eu e meu filho estamos sentido na pele o descaso deste governo, jamais votaria neles de novo”. E de uma forma triste e até mesmo sentindo-se um pouco culpada finalizou: “É apanhando que se aprende”..
Encerrando a visita ao PSF, a Equipe Digital do CV, procurou mais uma vez a presidente da associação das Diaristas, Luana Justino, que voltou a questionar a ausência de médicos e consequentemente de medicamentos, até porque, não foram receitados para os pacientes que por sua vez, também, não foram atendidos: “Não entendo porque faltam médicos, já que são remunerados pelo Governo Federal. Será que estão recebendo e não vem trabalhar, ou, não vem trabalhar porque a prefeitura não quer pagar? È preciso ser explicado”. Não sei sobre saúde publica, nem sobre as finanças da PM, mas, se segunda feira não tiver médico vamos denunciar a quem de direito (Conselho Regional de Medicina, Ministério Público, Defensoria Publica, Direitos Humanos, Ministério da Saúde,  Policia) sei lá, a onde for necessário. Concluiu Luana.

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