Mães do Bairro de
Jacaré revoltam-se por falta de médicos e medicamentos no PSF
“Foi de fato uma cena de
muita dor vê mães trazendo seus filhos no braço e na maioria das vezes com um a
segurar sua mão e outro a segurar sua saia, já que, a sua outra mão tem que
segurar a sobrinha para proteger seu filho doente, e como não podem deixar os
outros filhos sozinhos em casa, pois não tem que cuide, ainda tem que traze-los
pelo longo caminho no sol e na poeira”. Explicou a Equipe Digital do CV, a presidente da Associação das Diaristas e
Secretárias do Lar da Região Metropolitana de João Pessoa, Luana Justino, que
também se encontrava com seu filho para ser atendido pelo PSF, o que não
aconteceu tendo sido remarcada a consulta pela segunda vez da sexta para a esta
segunda feira.
Já para a dona de casa, D.
Ricleide Jacinto, mãe de três filhos, dois especiais, e que justamente estava
muito nervosa, pois, já era a terceira vez que procura o atendimento médico
para seu filho e não encontrava desabafou: “È só sofrimento, você sai de casa
angustiada com a doença do seu filho, com os problemas de casa, que para o
pobre são muitos, faz uma via cruzes desta, no sol escaldante e na poeira
continua que impregna todos, e ao chegar no tão angustiosamente esperado Posto
Médico pela terceira vez, não encontrar se quer um médico?”. E com o rosto
muito vermelho com a voz embargada pela emoção concluiu: “É muito triste, muito
revoltante, e como se o povo fosse índios sem direitos, só com deveres é
preciso mudar”.
Outra mãe que pediu a Equipe Digital para não revelar seu nome
por temer retaliação por parte do poder, já que seu marido presta serviços a
prefeitura, também se manifestou: “Já
não se trata, apenas de ouvir falar, ou até mesmo de vê, eu e meu filho estamos
sentido na pele o descaso deste governo, jamais votaria neles de novo”. E de
uma forma triste e até mesmo sentindo-se um pouco culpada finalizou: “É
apanhando que se aprende”..
Encerrando a visita ao
PSF, a Equipe Digital do CV, procurou
mais uma vez a presidente da associação das Diaristas, Luana Justino, que
voltou a questionar a ausência de médicos e consequentemente de medicamentos,
até porque, não foram receitados para os pacientes que por sua vez, também, não
foram atendidos: “Não entendo porque faltam médicos, já que são remunerados
pelo Governo Federal. Será que estão recebendo e não vem trabalhar, ou, não vem
trabalhar porque a prefeitura não quer pagar? È preciso ser explicado”. Não sei
sobre saúde publica, nem sobre as finanças da PM, mas, se segunda feira não
tiver médico vamos denunciar a quem de direito (Conselho Regional de Medicina,
Ministério Público, Defensoria Publica, Direitos Humanos, Ministério da
Saúde, Policia) sei lá, a onde for
necessário. Concluiu Luana.
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