quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Rede SOS Mulher Divulga a Carta de Cabedelo aprovada no Hexa evento e já tem comissão para articula o Fórum Metropolitano da Mulher

Com a participação de representantes dos Municípios de Cabedelo, João Pessoa, Lucena e Bayeux, a Rede SOS Mulher aprovou ontem durante o Hexa Evento dos Movimentos e Populares do Município de Cabedelo a o Manifesto do Km zero, ou a Carta de Cabedelo e escolheu uma comissão para entregar a carta manifesto aos três Poderes e visitar a Frente Parlamentar da Mulher da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba e os Movimentos 8 de Março e o Coletivo Cunhã objetivando a realização de um Fórum Metropolitano da Mulher durante a semana que “comemora-se” o Dia Internacional da Mulher. Vejamos na integra a Carta de Cabedelo:
.                                    A CARTA DE CABEDELO
Manifesto do Km Zero
As signatárias que fazem parte da articulação da Rede SOS Mulher, movimento suprapartidário, eclético e ecumênico, que tem como objetivo principal a melhoria da qualidade de vida da mulher paraibana e em particular a cabedelense, o que significa: respeito, trabalho, renda e dignidade vêm ratificar seu compromisso em defesa dos direitos das mulheres neste momento histórico, e anunciar ações especificas a ser realizadas por esta articulação na forma institucional objetivando contribuir para com a consolidação dos nossos propósitos.
       Como todos sabem, “o silêncio é cúmplice da violência e pai da impunidade”. Diante desta afirmativa é fundamental que toda sociedade cabedelense e paraibana em consonância com as mulheres de todo o mundo denunciem a violência contra as mulheres, em um só grito, que para nós acontecerá em ato público durante a realização do Fórum Metropolitano da Mulher a ser realizado durante a semana que “comemora-se” o Dia Internacional da Mulher.
Para entender a problemática da violência contra a mulher, o IPOP – Instituto de Pesquisa de Opinião Publica por encomenda da Rede SOS Mulher e com apoio da Agencia de Desenvolvimento Sustentável da Paraíba – ADESPB, realizou pesquisas (2011/2012) em onze municípios, inclusive, João Pessoa, Cabedelo, Bayeux e Lucena os dados são alarmantes:
- Só 59% ouviram falar da Lei Maria da Penha, mas apenas 8% sabem seu conteúdo e ainda o mais grave quando se escuta a o Município de Cabedelo e Lucena, já que, apenas 47% e 39% respectivamente reconheciam e 2% e 1,5 afirmaram conhecer seu conteúdo.
- 48% dos entrevistados declararam ter conhecimento de alguma mulher que já sofreu agressão. Porém, só 10,% afirmaram que acreditam que os agressores sejam punidos, até porque são na sua grande maioria da família.
De fato existiram conquistas nos últimos anos, fruto de ações conjuntas da sociedade civil organizada. O maior exemplo do que citamos acima é a Lei Maria da Penha que indiscutivelmente é a mais importante conquista, após, o direito de votar e de ser votada da mulher brasileira, no entanto, para que seja aplicada precisa de vários instrumentos.

Precisamos e já!
1.0 - De Casas de Abrigo, Centros de Referência (atenção social, psicológica e orientação jurídica), Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, Juizados Especializadas, Varas Adaptadas, Defensorias e Promotorias Especializadas, Serviços de Responsabilização e Educação do Agressor, e as Secretarias Municipais de Políticas Publicas Para Mulheres, integradas às já existentes, em nível estadual e nacional desenvolvendo em conjunto com a sociedade civil organizada, políticas públicas que permitam o fim de quaisquer formas de discriminação contra mulher.
2.0 - De programas culturais, sociais, financeiros e econômicos que invistam desde a melhoria da auto-estima da mulher, até produção, individual, ou coletiva (urbana e rural), principalmente para as famílias que a mantenedora é a mulher (viúva, separada, e ou deixada pelo homem que teve que viajar para o sul em busca da sobrevivência) e vai somar a outros milhares na construção de bolsões de miséria. 

Cabedelo, 19 de Janeiro de 2014

Comissão Pró Fórum Metropolitano da Mulher



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